Informação e solidariedade

A idéia inicial deste blog está relacionada à vontade de difundir, através de instrumentos audiovisuais ao maior número de pessoas possível, informações, dados e notícias relacionadas a tragédia provocada pelas chuvas no estado de Santa Catarina no final deste ano.

Tudo isso será exposto aqui por meio de artigos e links de sites e blogs que contenham notícias e informações que possam oferecer suporte aqueles que tiverem interesse em se interar melhor sobre esse assunto, que ocupa a primeira página dos principais jornais do Brasil e de toda America Latina.


Mas este blog não vai se restringir apenas ao monitoramento da grande imprensa. Vamos produzir matérias sobre este tema. Em conjunto com o Corpo de Bombeiros de Londrina vamos apresentar depoimentos que ajudem na compreensão de situações como esta que assola Santa Catarina.


Para que possamos explicar melhor alguns dos fatos ocorridos, em especial o fenômeno que causou a catástrofe vamos produzir artigos e comentários a respeito do clima, do meio ambiente e de um tema pouco abordado na mídia em geral, a sustentabilidade.

Aos poucos vamos explicar a funcionalidade e os mecanismos deste blog para que você possa interagir com nossos posts, entre outros.


Para quem tiver dúvidas, críticas e sugestões o e-mail de contato é:

sos.santac@gmail.com

17 de dez. de 2008

Sem medo da morte. Construindo o futuro

Rodolfo Brandão

Assim como descrito por Ernest Becker em sua obra A negação da morte, que “a idéia da morte e o medo que ela inspira perseguem o animal humano como nenhuma outra coisa. É uma das molas mestras da atividade humana – atividade destinada, em sua maior parte, a evitar a fatalidade da morte, a vencê-la mediante a negação de que seja o destino final do homem”.

Ao expor essa idéia, me refiro à idéia de que somos finitos, mas que por isso colocamos em nossa cultura a mentalidade de que temos que superar isso. Fazer de tudo para não estarmos próximos delas. E, para tanto, nos vemos refém dos artifícios que criamos durante nossa vida a fim de fugir da hipótese que podemos morrer a qualquer hora. E, por tabela da nossa fragilidade, perante momentos adversos que não prevemos.

Diante dessa grande certeza temos um exemplo a ser lembrado. O desastre no estado de Santa Catarina que vemos diariamente pelos noticiários. Onde pessoas perderam familiares, casas, seus pertences e, até mesmo, simples objetos de grande valor sentimental. E tendo que suportar tudo isso de baixo de muita chuva e lama.

Podemos atribuir a isso não só as dinâmicas naturais que são próprias de lá, mas também as alterações que nosso clima sofre, por conta do efeito estufa desregulado.


Mais um comentário


Para o coordenador do Vitae Civilis , Instituto para o Desenvolvimento, Meio Ambiente e Paz, Rubens Born, "o Plano Nacional de Mudança de Clima, lançado pelo Presidente Lula em sessão solene no dia 1 de dezembro em Brasília, no mesmo dia que em Poznan, Conferência das Partes da Convenção Quadro de Mudança de Clima (CoP-14), para negociar nossos arranjos e medidas para a Convenção da ONU e para o Protocolo de Quioto. Mesmo assim, precisaríamos de um elevado grau de generosidade para dizer que o copo está pela metade.



Sim, finalmente temos um instrumento denominado de plano. Com anos de atraso (16 desde a Rio-92, quando o Brasil assinou a convenção ou pelo menos 14, desde quando o Congresso Nacional, em 1994, a ratificou e tornou-a equivalente a lei de cumprimento obrigatório), o Estado , em todos os níveis e setores de governo, conta com um esboço inicial de linhas de ações e políticas para lidar com desafios associados ao aquecimento global: a mitigação de emissões de gases de efeito estufa; a avaliação de vulnerabilidades a partir do estudo regionalizado de impactos das mudanças de clima, para permitir a implementação de medidas, de curto a longo prazos, de adaptação aos efeitos irreversíveis; as áreas nas quais a ampliação do conhecimento cientifico ou o desenvolvimento e difusão de tecnologias são fundamentais e, por fim, mas não por último, ações no campo de educação e comunicação. Está longe ainda de ser um plano.


De um Plano espera-se um documento objetivo, que defina metas, ações para o seu cumprimento e indique instrumentos concretos, incluindo a origem dos recursos e financiamentos necessários para que sejam cumpridas. Importante também atribuir responsabilidades a todos os organismos governamentais e setores da sociedade envolvidos com a questão das mudanças climáticas e apontar os ônus decorrentes do seu não cumprimento. Fundamental é indicar os instrumentos e meios, e as instituições responsáveis pelos meios, que podem fazer as propostas saírem do papel e se concretizam em contribuições e efeitos positivos para a sustentabilidade do país”.


Há muito que se discutir sobre esse assunto. Mas, enquanto isso não acontece, temos que medir esforços para pelo menos não sentirmos tanto medo assim da morte. E, para tanto, é preciso que saibamos produzir, consumir e viver de maneira sustentável.


Fonte: envolverde.com.br



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