Rodolfo Brandão
Sobre o preço, ela por aqui é bem mais em conta. Um dólar para cada metro cúbico tratado. Mas, em países Europeus, ela é bem mais cara – coisa de cinco mil dólares por metro cúbico. Aqui no Brasil ela tem pouco mais de 13% de seu total no mundo. Na região sul e sudeste ela é bem mais accessível, e mais fácil de ser encontrada. Mas ainda tem estados como São Paulo que pagam
taxa para utilização da água das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí e o Paraíba do Sul.
Aqui no Paraná cidades como Curitiba e região metropolitana fazem rodízio de abastecimento por região. É diferente, mas, por lá já se sente um pouco como é difícil viver sem água. Acho que as pessoas de lá, já percebem mais a importância da água para suas vidas.
Mas lá no norte e nordeste tem bem pouco. Até hoje se discute sobre como repartir uma água que passa por um rio que levo o nome de São Francisco. Ele é tão querido quanto o rio Mississipi – dos estadunidenses. Justamente por que o São Chico, como é chamado por lá, é o único com tamanho real para trazer prosperidade para todos. Pelo menos essa é a idéia que o governo quer passar - por tentar o transpor.
O que se fala até hoje é que sua transposição será tão imprudente, para não dizer criminosa. Toda uma biodiversidade vai por água abaixo. Tanto para quem está próximo a ele (a fauna terrestre), quanto para quem está dentro (fauna aquática), e ao seu entorno – aqueles bichinhos que vivem nos atormentando e, até mesmo os matos que ainda lutam, assim como os índios para viverem próximos dele. Essa transposição (desvio), segundo muitos ambientalistas, teria 70% da água transposta para grandes áreas agricultáveis e 26% seria para grandes cidades. Os outros 4% para uma população que não vai ter como pagar por essa água, as quais, mais sofrem por falta dela.
Depois de tudo isso, eu me pergunto, por que lavar o seu lindo carro todo fim de semana? Vai sujar mesmo! Não sou tolo em brincar com isso. Mas, me irrito quando vejo o uso indevido por conta de quem mais precisa. E por isso, mais tem que cuidar e fiscalizar seu uso – a sociedade. Ai galerinha do mau e do bem! Não briguem por ela, nem comigo. Só estou dando um de Nostradamus em reafirmar aquilo que hoje, ninguém quer acreditar, e que sempre aparece nos telejornais de horário nobre nas telinhas brasileiras. Nosso futuro vai ralo a baixo, se não cuidarmos da senhora "água potável".
Todos os rios do Brasil sofrem por essas e outras grandes palhaçadas dos que se utilizam do poder de nosso estado para fazer dos rios, um comércio de geração de energia elétrica. Exemplo claro acontece no rio Tibagi. Todo cidadão bem informado já sabe bem disso.