Informação e solidariedade

A idéia inicial deste blog está relacionada à vontade de difundir, através de instrumentos audiovisuais ao maior número de pessoas possível, informações, dados e notícias relacionadas a tragédia provocada pelas chuvas no estado de Santa Catarina no final deste ano.

Tudo isso será exposto aqui por meio de artigos e links de sites e blogs que contenham notícias e informações que possam oferecer suporte aqueles que tiverem interesse em se interar melhor sobre esse assunto, que ocupa a primeira página dos principais jornais do Brasil e de toda America Latina.


Mas este blog não vai se restringir apenas ao monitoramento da grande imprensa. Vamos produzir matérias sobre este tema. Em conjunto com o Corpo de Bombeiros de Londrina vamos apresentar depoimentos que ajudem na compreensão de situações como esta que assola Santa Catarina.


Para que possamos explicar melhor alguns dos fatos ocorridos, em especial o fenômeno que causou a catástrofe vamos produzir artigos e comentários a respeito do clima, do meio ambiente e de um tema pouco abordado na mídia em geral, a sustentabilidade.

Aos poucos vamos explicar a funcionalidade e os mecanismos deste blog para que você possa interagir com nossos posts, entre outros.


Para quem tiver dúvidas, críticas e sugestões o e-mail de contato é:

sos.santac@gmail.com

11 de dez. de 2008

ONGs na contrução de novas possibilidades

Francielli Fantinelli

De maneira geral é recente o envolvimento de ONGs e movimentos sociais com as mudanças climáticas, sendo que até mesmo as organizações ambientalistas demoraram a incorporar o tema em sua agenda de trabalho. Após o Protocolo de Quioto entrar em vigor em 2005 e, com a divulgação do Quarto Relatório de Avaliação do IPCC (2007) que a mudança do clima passou a receber maior atenção.

Pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgada no início de agosto de 2008, revela que, entre 2002 e 2005, o número de ONGs ambientais aumentou 61%, um percentual quase três vezes superior à média nacional (22,6%).

As organizações não-governamentais e movimentos sociais se destacam nas atividades relacionadas às mudanças climáticas, seja na influência de políticas públicas; conscientização do seu público ou público em geral; envolvimento e empoderamento das bases, como os povos da floresta; desenvolvimento de ações locais e de projetos de captura de carbono e pesquisa. As ONGs brasileiras freqüentam as Conferências das Partes sobre Mudanças Climáticas para observar de perto e influenciar, como possível, o rumo das negociações.

A coordenadora executiva do Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (Fboms), Esther Neuhaus afirma que, muitas vezes, as organizações acabam exercendo várias funções ao mesmo tempo. A mesma ONG que age por meio da intervenção política – fazendo lobby no Congresso Nacional, na Assembléia Legislativa ou na Câmara de Vereadores – realiza campanhas e publica estudos nacionais, locais ou regionais, diz Esther.

Já o Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas (FBMC) criado em 2000 pelo Decreto nº 3.515 visa conscientizar e mobilizar a sociedade para a discussão e tomada de posição sobre os problemas decorrentes das mudanças climáticas.

As ONGs também participam desse Fórum por meio de seus representantes. Um dos objetivos do FBMC é estimular a criação de fóruns estaduais para servir de ponte entre o governo estadual e a sociedade civil, pois esses fóruns mantêm uma relação estreita com as respectivas secretarias de meio ambiente estaduais. Desempenham trabalho de educação ambiental e disseminação de informação, promovem seminários relacionados ao tema e estão empenhados na elaboração de políticas e planos sobre mudança do clima.

O descaso dos políticos, aliado aos interesses pessoais, inevitavelmente, resultam em conseqüências desastrosas para a sociedade. Esse trabalho desenvolvido pelas ONGs é de fundamental importância, já que temos que pensar numa política global. Assim, as organizações que acompanham a “delegação” do governo devem cobrar ainda mais o governo, pois elas estão ali dispostas a colaborar com as negociações. Criticar, propor ações, pedir metas é o que vai colaborar com a tomada de decisões.

Por isso, a realidade brasileira reforça o processo de auto-afirmação de uma identidade e perfil próprios das ONGs como entidades permanentes da sociedade civil.

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